Mudança

Os tempos que se avizinham são de mudança. Tenho pensado muito nestes dias sobre este "problema" que me afecta a mim e ao meu mais que tudo. Problema que nós ainda não sabemos se é problema; talvez ele só exista nas nossas cabeças. Porque é que digo isto? Soube ontem que uma colega minha estava grávida e ela disse-me que já há dois anos que andava a tentar e só agora conseguira e conseguiu-o naturalmente. E isto fez-me pensar se não estaremos a pôr "a carroça à frente dos bois" ao precipitarmo-nos em consultas, médicos e futuros tratamentos que nos dão cabo da alma, do corpo e sejamos sinceros, da carteira. Vou tentar pensar nesta impossibilidade de ter filhos como uma coisa natural,que se resolverá e não como uma deficiência. Se não engravidar naturalmente, vou tentar com um tratamento, mais nada e se não conseguir, adoptamos uma criança. Mãe é quem cria, não é só quem concebe.

Parabéns, minha querida V., vais ser uma excelente mãe!

Sempre à espera

Todos os meses, invariavelmente, embora o tente negar, o acreditar numa suposta gravidez repete-se, chegando até a tornar-se num ritual, que termina com a vinda do indesejado, que traz aquele amargo sabor da desilusão. É como se continuasse à espera de um milagre...

O Referendo do nosso Descontentamento

Olá a todos! Resolvi voltar após este mais ou menos longo interregno, mas de repente surgiu o tema da despenalização do aborto, tão discutido, sobre o qual eu achei que devia fazer algumas observações.

Pensei muito antes de postar, mas penso que tenho de o fazer para clarificar alguns pontos bastante simples.

Primeiro: quando se vota no SIM, está-se a votar na legalização do aborto e não se está a dizer que se concorda com o acto em si;

Segundo: fico espantada quando ouço opiniões de pessoas que deveriam ser minimamente esclarecidas a dizerem que " com a legalização, as pessoas vão começar a utilizar o aborto como prática contraceptiva" e pergunto "estarão no seu juízo perfeito?". Como é que podem achar que uma mulher se sente à vontade para tal acto, por pior pessoa que seja?

Terceiro: Quando uma mulher engravida sem querer - embora isso me faça muita confusão, como mulher infértil que sou, mas acontece - e não tem condições para trazer um filho ao mundo, para que possa crescer num ambiente regrado, no meio de carinho e amor, é melhor tê-lo???? Quem ama a vida e as crianças não pode defender o NÃO. Há muita gente que infelizmente engravida e não tem qualquer capacidade para ser mãe ou pai! Depois claro surgem os casos horríveis que nos arrepiam de abusos e violência. Se essas pessoas tivessem feito um aborto, não seria melhor para essas crianças que vieram ao mundo para sofrer???

Quarto: não compreendo a necessidade deste referendo. O governo não nos interroga sobre leis mais importantes e que nos afectam a todos directamente - como a lei da reforma - e que nos prejudicou a todos e a este respeito quer fazer um referendo. Devia legislar e pronto. É só hipocrisia. Não se quer comprometer!

Desculpem se as minhas opiniões são um pouco ortodoxas, mas eu não consegui ficar indiferente.

De volta

Olá amigas, espero que tenham começado este ano com muita esperança e com muita força para continuar. Antes do Natal, tinha o período muuuuito atrasado e estava a pensar fazer o teste. Pois é, amigas, tudo não passou de um grande atraso, o senhor resolveu aparecer depois do Natal. Estou um bocado farta destas ilusões, sabem?

Fui passar a passagem de ano com uns familiares em Espanha, alguns diazinhos que me fizeram muito bem. Durante estas mini-férias, resolvi divertir-me à brava, pois acho que nós passamos a vida obcecadas com este problema e não vale a pena. Desculpem-me este tom mais pessimista, mas resolvi gostar mais de mim e cuidar mais de mim, em vez de passar o tempo a pensar num filho que tarda a vir. De qualquer forma, fico muito satisfeita com as notícias - Parabéns, Creative!!! Vou continuar a acompanhar-vos e a apoiar-vos, mas vou tentar não pensar tanto neste meu problema, tá? Muitos beijinhos e um grande xi-coração para todas, são fantásticas!