segunda-feira, julho 16, 2012

terça-feira, junho 19, 2012

E a boa notícia

chegou finalmente: a sentença que decreta a adoção plena!!! :) Meus queridos (ainda mais) filhos!

quinta-feira, maio 24, 2012

Quase sete meses

de convivência com os nossos filhos e a sensação é a de que sempre fizeram parte da nossa vida. Já quase não me lembro do início, embora note que eles estão mais crescidos, mais bonitos (se é que é possível) e muito desenvolvidos. O M. movimenta-se pela casa que já entende como sua, tem os seus locais favoritos, os seus brinquedos mais queridos, abraça-se aos cães, chama por nós quando precisa de ajuda para coisa muito muito difícil, como por exemplo, duas peças de lego que não encaixam! ou vem a correr para mim com o dedo estendido porque se magoou e quer que lhe dê um beijinho... :) O R. descobriu um novo mundo desde que começou a andar  e agora experimenta as primeiras palavras (mamã, papá, cão, papa, uauá - água, bia - bolacha e etc), no outro dia fez uma frase com duas palavras (mamã toma) e eu senti o coração a encher-se de orgulho por estar a presenciar a sua evolução, na verdade não foi orgulho, foi antes sentir-me privilegiada por assitir a este milagre que é um filho. 
Agora que comecei a trabalhar, passo o dia inteiro a desejar que acabe rápido para poder regressar a casa, porque sei que pouco depois chegam eles com o pai. De repente, todos os problemas que tinha ou que pensava ter desapareceram e apenas interessam estes dois seres, são eles agora o centro da minha vida. Dou por mim a sorrir quando penso neles, o meu coração acelera-se quando me abraçam e apetece-me chorar de alegria quando superam uma dificuldade ou quando fazem uma nova conquista na sua evolução. Acho que estou apaixonada! :)

domingo, maio 06, 2012

Dia da Mãe

Como não poderia deixar de ser, tinha de escrever sobre este dia, uma vez que é o primeiro ano em que o celebro como mãe. O dia da Mãe sempre foi um pouco doloroso durante todos os anos em que desejei um filho e ele não chegava. Passava-o com a minha mãe, mas secretamente invejava todas as mulheres que já tinham conseguido aquilo que para mim era tão difícil de conseguir. E finalmente, depois de tanta espera, de tanto sofrimento, sou Mãe e a dobrar! Aprendi a amar incondicionalmente, a perdoar e principalmente a ser altruísta. Não sou daquelas pessoas que acredita que uma mulher só se realiza totalmente quando é mãe, não, mas a verdade é que me sinto muito mais completa desde que o R. e o M. entraram na minha vida e no meu coração. Amo-vos, meus filhos e obrigado por me terem dado a possibilidade de sentir este intenso AMOR.

quarta-feira, abril 25, 2012

Há seis meses

conheci os meus filhos. Ainda hoje me lembro do nervosismo, a boca seca, a sensação de estar a ser avaliada. e o medo de que eles não gostassem de nós. Há seis meses entrei numa sala desconhecida e lá estavam eles, a brincar. Aproximámo-nos e o pequenino olhou para nós com o sobrolho franzido como se pensasse "Quem são estes e o que estão aqui a fazer?". O mais velho olhou para nós e voltou à sua brincadeira. Aceitou-nos imediatamente e passado um bocado já saltava de um colo para o outro como se já nos conhecesse desde sempre. Naquele dia saí da instituição com o coração pequenino. Era muito estranho irmos embora e os meninos, que eram já como nossos filhos, ficavam naquela que era a sua casa. Felizmente, tudo correu bem e sem que nos apercebêssemos aqueles pequenos seres vieram para a nossa casa e encheram-na com a sua alegria.
Hoje enfrento novo nervosismo. Estamos a poucos dias de irmos ao tribunal para que a pré-adoção passe a adoção plena, ou seja, estamos à espera de que um juiz qualquer converse connosco e decida: "Estes meninos são vossos filhos agora e para sempre." Não, Sr.Dr.Juiz, estes meninos são meus filhos desde o primeiro instante em que os vi. E foi há exatamente seis meses. <3

quarta-feira, março 28, 2012

Ser mãe é

uma tarefa árdua. Não tenho qualquer dúvida disso. E não estou a referir-me ao trabalho do dia a dia, como fazer a comida, lavar a roupa ou arrumar brinquedos. Estou a falar da enorme responsabilidade que é educar uma criança de acordo com aquilo que nós achamos ser o mais correto. Será? Ah, pois é, agora é que são elas... Será que estou a fazer bem? Será que sou demasiado exigente? Será que sou demasiado branda? Será? Será? A dúvida persiste sempre, pois julgo que é muito difícil educar uma criança como se seguisse uma receita de um bolo ou de um cozinhado. Depois há um sentimento novo, a par daquele amor incondicional de que já vos falei: o medo. Este é muito desagradável e tenho a certeza de que todas as mães o sentem: medo de que aconteça algo aos nossos filhos, medo do que o futuro lhes reserva e principalmente medo, porque o nosso amor de mãe é grande, mas não é suficiente para afastar tudo o que possa fazer mal aos nossos meninos. A sorte é que tudo isto desaparece para um cantinho afastado quando se ouve uma vozinha infantil a chamar mamã, mamã. Sim, meu querido? A mamã é amiga? Sim, filho, claro que sou. E os seus bracinhos rodeiam o meu pescoço num abraço doce e eu sinto os meus olhos a ficarem marejados de lágrimas com tanta emoção. Ser mãe é uma tarefa árdua, mas eu não a trocava por nada deste mundo!

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Amor incondicional

é o que sinto quando observo os meus filhos a brincar, a comer, a rir, a fazerem disparates próprios da idade ou simplesmente a dormir. Dou por mim a olhar para eles e a pensar em como estas crianças tiveram sorte e em como nós tivemos sorte de sermos escolhidos para seus pais. Passaram apenas três meses desde que vieram cá para casa, no entanto parece-me que eles fizeram sempre parte da nossa vida. No outro dia apeteceu-me chorar de felicidade quando alguém perguntou ao meu filho mais velho "Onde vais?" e ele respondeu "Vou para casa". É claro que ele não consegue perceber a importância destas palavras, é muito pequeno ainda, mas para mim foi um momento que me encheu de alegria, porque este menino nunca teve uma casa, ou melhor, um lar. E agora tem!
Ser mãe é um sem fim de emoções, embora nem todas sejam boas. A par deste amor incondicional que me enche o coração, de vez em quando surgem as dúvidas, os receios. Um dia vamos ter de lhes contar que não são nossos filhos biológicos e assusta-me imaginar a reação que terão. Será que irão compreender que o amor que lhes temos é igual ou maior ao que teríamos se tivessem nascido do meu ventre? Ensaio mentalmente a conversa, pois chegará um dia em que algum deles fará a pergunta: " Mamã, de onde vêm os bebés?" e à minha explicação seguir-se-á, com certeza outra pergunta " E eu também vim da tua barriga?"
Esse dia ainda vem longe e espero que tudo corra pelo melhor - não vale a pena sofrer por antecipação, pois não?
Beijinhos a todas e obrigada por continuarem a seguir a minha história :)