Plano Infinito
sábado, março 16, 2013
O tempo
vai passando e quando dou por mim já passou mais um dia, mais uma semana, mais um mês. Os meus meninos estão muito crescidos, já pouco resta dos bebés que eles eram quando chegaram cá a casa, de tal forma que já nem cabem no meu colo... é com grande alegria que os vejo crescer, mas ao mesmo tempo sinto o coração a apertar-se porque sei que isso significa que eles estão a ficar maiores e qualquer dia já não precisam de mim. Eu sei que é uma incongruência, mas eu não quero que eles cresçam... As mães pensam todas como eu? Acho que sim. Tirando essa apreensão, tudo está bem, quer dizer, tirando as birras intermináveis está tudo bem! Tenho a certeza de que já me nasceram mais uns quantos cabelos brancos desde estes meninos me fizeram mãe deles :) Nem tudo são rosas e é bom dizê-lo. Com os meus filhos há momentos em que me apetece atirar para o chão e fazer uma birra também, mas há outros em que o coração se derrete de alegria e de amor quando um deles me diz: Mamã, tu és linda ou Mamã, eu gota muito de ti... Podem imaginar!...
segunda-feira, julho 16, 2012
terça-feira, junho 19, 2012
E a boa notícia
chegou finalmente: a sentença que decreta a adoção plena!!! :) Meus queridos (ainda mais) filhos!
quinta-feira, maio 24, 2012
Quase sete meses
de convivência com os nossos filhos e a sensação é a de que sempre fizeram parte da nossa vida. Já quase não me lembro do início, embora note que eles estão mais crescidos, mais bonitos (se é que é possível) e muito desenvolvidos. O M. movimenta-se pela casa que já entende como sua, tem os seus locais favoritos, os seus brinquedos mais queridos, abraça-se aos cães, chama por nós quando precisa de ajuda para coisa muito muito difícil, como por exemplo, duas peças de lego que não encaixam! ou vem a correr para mim com o dedo estendido porque se magoou e quer que lhe dê um beijinho... :) O R. descobriu um novo mundo desde que começou a andar e agora experimenta as primeiras palavras (mamã, papá, cão, papa, uauá - água, bia - bolacha e etc), no outro dia fez uma frase com duas palavras (mamã toma) e eu senti o coração a encher-se de orgulho por estar a presenciar a sua evolução, na verdade não foi orgulho, foi antes sentir-me privilegiada por assitir a este milagre que é um filho.
Agora que comecei a trabalhar, passo o dia inteiro a desejar que acabe rápido para poder regressar a casa, porque sei que pouco depois chegam eles com o pai. De repente, todos os problemas que tinha ou que pensava ter desapareceram e apenas interessam estes dois seres, são eles agora o centro da minha vida. Dou por mim a sorrir quando penso neles, o meu coração acelera-se quando me abraçam e apetece-me chorar de alegria quando superam uma dificuldade ou quando fazem uma nova conquista na sua evolução. Acho que estou apaixonada! :)
domingo, maio 06, 2012
Dia da Mãe
Como não poderia deixar de ser, tinha de escrever sobre este dia, uma vez que é o primeiro ano em que o celebro como mãe. O dia da Mãe sempre foi um pouco doloroso durante todos os anos em que desejei um filho e ele não chegava. Passava-o com a minha mãe, mas secretamente invejava todas as mulheres que já tinham conseguido aquilo que para mim era tão difícil de conseguir. E finalmente, depois de tanta espera, de tanto sofrimento, sou Mãe e a dobrar! Aprendi a amar incondicionalmente, a perdoar e principalmente a ser altruísta. Não sou daquelas pessoas que acredita que uma mulher só se realiza totalmente quando é mãe, não, mas a verdade é que me sinto muito mais completa desde que o R. e o M. entraram na minha vida e no meu coração. Amo-vos, meus filhos e obrigado por me terem dado a possibilidade de sentir este intenso AMOR.
quarta-feira, abril 25, 2012
Há seis meses
conheci os meus filhos. Ainda hoje me lembro do nervosismo, a boca seca, a sensação de estar a ser avaliada. e o medo de que eles não gostassem de nós. Há seis meses entrei numa sala desconhecida e lá estavam eles, a brincar. Aproximámo-nos e o pequenino olhou para nós com o sobrolho franzido como se pensasse "Quem são estes e o que estão aqui a fazer?". O mais velho olhou para nós e voltou à sua brincadeira. Aceitou-nos imediatamente e passado um bocado já saltava de um colo para o outro como se já nos conhecesse desde sempre. Naquele dia saí da instituição com o coração pequenino. Era muito estranho irmos embora e os meninos, que eram já como nossos filhos, ficavam naquela que era a sua casa. Felizmente, tudo correu bem e sem que nos apercebêssemos aqueles pequenos seres vieram para a nossa casa e encheram-na com a sua alegria.
Hoje enfrento novo nervosismo. Estamos a poucos dias de irmos ao tribunal para que a pré-adoção passe a adoção plena, ou seja, estamos à espera de que um juiz qualquer converse connosco e decida: "Estes meninos são vossos filhos agora e para sempre." Não, Sr.Dr.Juiz, estes meninos são meus filhos desde o primeiro instante em que os vi. E foi há exatamente seis meses. <3
quarta-feira, março 28, 2012
Ser mãe é
uma tarefa árdua. Não tenho qualquer dúvida disso. E não estou a referir-me ao trabalho do dia a dia, como fazer a comida, lavar a roupa ou arrumar brinquedos. Estou a falar da enorme responsabilidade que é educar uma criança de acordo com aquilo que nós achamos ser o mais correto. Será? Ah, pois é, agora é que são elas... Será que estou a fazer bem? Será que sou demasiado exigente? Será que sou demasiado branda? Será? Será? A dúvida persiste sempre, pois julgo que é muito difícil educar uma criança como se seguisse uma receita de um bolo ou de um cozinhado. Depois há um sentimento novo, a par daquele amor incondicional de que já vos falei: o medo. Este é muito desagradável e tenho a certeza de que todas as mães o sentem: medo de que aconteça algo aos nossos filhos, medo do que o futuro lhes reserva e principalmente medo, porque o nosso amor de mãe é grande, mas não é suficiente para afastar tudo o que possa fazer mal aos nossos meninos. A sorte é que tudo isto desaparece para um cantinho afastado quando se ouve uma vozinha infantil a chamar mamã, mamã. Sim, meu querido? A mamã é amiga? Sim, filho, claro que sou. E os seus bracinhos rodeiam o meu pescoço num abraço doce e eu sinto os meus olhos a ficarem marejados de lágrimas com tanta emoção. Ser mãe é uma tarefa árdua, mas eu não a trocava por nada deste mundo!
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