
Voltou a vontade de escrever, de desabafar, o que já é uma vitória. Aqui há uns dias falar neste assunto enchia-me os olhos de lágrimas e tentava a custo evitá-lo. Depois foi a fase da negação"Não, eu não quero um filho, afinal." Agora já estou mais calma e novamente com esperanças. É engraçada a mente de um ser humano e a capacidade que tem de superar os obstáculos... Comecei a pensar em adoptar uma criança, mas logo me surgem muitas dúvidas:
- Como será a criança?
- Que problemas teremos ao criá-la como nossa?
- Será que vamos aceitar o facto de ser filha de outra pessoa e será que eu vou conseguir aceitar o facto de que nunca terei um bebé a crescer dentro da minha barriga?
São muitos comos e serás para duas pessoas só. Eu só coloco a hipótese de adoptar quando não restarem mais opções, mas também não estou disposta a passar a minha vida a fazer tratamentos... Que merda, isto não podia ser mais simples? Para alguns parece tão fácil! e para outros como eu é tão difícil!
De qualquer forma, esta semana recebi uma notícia boa, embora a princípio tenha sentido aquela pontinha de inveja habitual. Um amigo meu vai ser pai pela segunda vez. E não estava à espera!!!! É esta frase que me irrita, porque eu acho que nunca vai acontecer comigo. Claro que lhe dei os parabéns, mas senti-me uma pessoa horrível por estar com inveja de uma pessoa que me é tão querida e que é um óptimo pai, mas não consigo evitar!
Desculpem o testamento. Quero aproveitar para agradecer a todas que me deixaram palavras de ânimo no post anterior, se não fossem vocês, acho que tudo isto seria mais difícil de suportar. Obrigada, queridas amigas!